Na praia de Matosinhos, deram-se factos extraordinários, ao alvorecer do cristianismo na península. Por esse tempo vivia solitário numa herdade do seu tio Camaliel, próximo a Jerusalém, o piedoso Nicodemus, hábil escultor de imagens. Empregando o seu tempo neste mister, estava ele executando uma escultura, em que retratasse a efígie de Jesus, quando o zelo farisaico o perseguiu. Como artista e como cristão preferiu confiar o seu trabalho ao mar, do que vê-lo sacrificado nas fogueiras dos seus perseguidores. Assim fez. O mar recebeu a imagem de Jesus e as ondas a trouxeram até este lugar, já assinalado pela conversão de Cavo Pallantiano, depondo-o respeitosamente no sítio de Espinheiro, onde em memória do facto se levantou o Padrão que ainda se vê na estrada do molhe sul do Porto de Leixões.
A escultura, porém, estava incompleta quando o artista foi perseguido... Continua a lenda dizendo que a custo pôde Nicodemus concluir o braço que faltava à imagem. Quando o conseguiu, estava enclausurado numa prisão, a cujas muralhas vinham bater as ondas do mar. Nicodemus disse então, atirando ao mar a sua obra: “Braço, vai unir-te ao corpo a que pertences”.
Ainda, segundo esta lenda, este período durou uns largos cinquenta anos, de modo a que a imagem foi adorada incompleta por esse espaço de tempo, pois que por mais braços que lhe adaptassem, nenhum se conseguiu fazer aderir ao corpo venerado. Um dia, porém andava na praia uma pobre mulher apanhando algas secas para alimentar o lume, e aconteceu encontrar um objecto, que lhe pareceu bom para queimar. Chegando a casa deitou-o à fogueira, mas logo esse objecto saltou para fora. A mulher tinha uma filha muda que, ao ver o facto estranho, miraculosamente falou pela primeira vez na sua vida.
“Não teime em deitar ao lume esse pedaço de madeira” - observou a rapariga - “Porque esse é o braço que falta ao Senhor Bom Jesus de Bouças”.
Correu logo a notícia e foi adaptar-se o braço à imagem. Era tal e qual. Ajustou ao tronco, como se nunca ali tivesse faltado. É desde este milagre que data a grande romaria ao Espírito Santo de Matosinhos.
A escultura, porém, estava incompleta quando o artista foi perseguido... Continua a lenda dizendo que a custo pôde Nicodemus concluir o braço que faltava à imagem. Quando o conseguiu, estava enclausurado numa prisão, a cujas muralhas vinham bater as ondas do mar. Nicodemus disse então, atirando ao mar a sua obra: “Braço, vai unir-te ao corpo a que pertences”.
Ainda, segundo esta lenda, este período durou uns largos cinquenta anos, de modo a que a imagem foi adorada incompleta por esse espaço de tempo, pois que por mais braços que lhe adaptassem, nenhum se conseguiu fazer aderir ao corpo venerado. Um dia, porém andava na praia uma pobre mulher apanhando algas secas para alimentar o lume, e aconteceu encontrar um objecto, que lhe pareceu bom para queimar. Chegando a casa deitou-o à fogueira, mas logo esse objecto saltou para fora. A mulher tinha uma filha muda que, ao ver o facto estranho, miraculosamente falou pela primeira vez na sua vida.
“Não teime em deitar ao lume esse pedaço de madeira” - observou a rapariga - “Porque esse é o braço que falta ao Senhor Bom Jesus de Bouças”.
Correu logo a notícia e foi adaptar-se o braço à imagem. Era tal e qual. Ajustou ao tronco, como se nunca ali tivesse faltado. É desde este milagre que data a grande romaria ao Espírito Santo de Matosinhos.
3 comentários:
E que tal algumas fotos das nossas crianças?
São elas a verdadeira razão da existencia do Paraiso...
Queremos a sala da Isabel
Adoro estar no paraíso.
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