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Somos... o Jardim de Infância/Creche/ATL "O Paraíso", um Establecimento Sócio-Educativo da Santa Casa da Misericórdia do Bom Jesus de Matosinhos - Instituição Particular de Solidariedade Social.
Iniciámos a nossa actividade em 1990, com 75 crianças nas valências de Creche e Jardim de Infância.
Hoje, contamos com mais de 220 crianças, distribuídas pelas valências de Creche, Jardim de Infância e ATL.

Um pouco de história

1. A instituição da Confraria do Bom Jesus de Bouças
À Confraria do Santo Crucifixo de Matosinhos do Bispado do Porto, é concedida em Novembro de 1607, uma Bula Papal de Paulo V, pela qual ficou a dita Confraria instituída canonicamente, e agraciada com numerosas indulgências.
No arquivo da Misericórdia encontra-se somente o seu traslado, feito pelo Padre Manuel da Costa Teixeira em 16 de Dezembro de 1848.
Mais tarde, é-lhe concedido o Título de “Real Confraria”, por D. Pedro 11, em Alvará de 26 de Agosto de 1688, passado em Lisboa por Domingos Gomes de Araújo, ficando deste modo, a Confraria do Bom Jesus de Bouças, com o seu Compromisso confirmado e garantia régia de seus direitos e privilégios, tendo-se assim concretizado a vontade do seu Juiz e Irmãos.
Este Alvará faz parte integrante do Compromisso da Confraria do Santo Crucifixo de Bouças datado de 1680, sendo este e um outro datado de 1682, os únicos exemplares de estatutos, pelos quais se começou a regular a Confraria.
Com a Implantação da Républica e através da Portaria publicada no Diário do Governo, de 3 de Março de 1939, foi autorizada a sua transformação para Santa Casa da Misericórdia do Bom Jesus de Matosinhos - nos três primeiros séculos da sua existência, dedicou-se quase exclusivamente a " (...) actividades de apoio a pobres, indigentes, orfãos e desprotegidos, recolhendo esmolas, promovendo funerais, ajudando presos e condenados (...), para além de manifestações religiosas, tendo em conta a sua erecção canónica. "


2. Os órgãos de Assistência
Faltava à Misericórdia de Matosinhos formar as instituições necessárias para que através delas pudesse aplicar as suas acções de beneficência e caridade, seu objectivo máximo. Para isso pôde contar com a ajuda de numerosos benfeitores, muitos deles insignes Irmãos desta Confraria, como por exemplo, o Conselheiro Artur da Costa Braga, D. Emília Maia dos Santos Reis, António da Silva Pinheiro, João José dos Reis – 1º Conde de S. Salvador de Matosinhos, e particularmente D. Ana Emília Maia dos Reis Costa Braga, a qual, revelando toda a sua grandeza de alma, vendeu em 1918 à Confraria por uma quantia simbólica, o seu magnífico palacete, onde foi instalado o Asilo de Nossa Senhora da Conceição, actual Internato de Nossa Senhora da Conceição. Obra de grande alcance social, com uma capacidade para quarenta e três utentes do sexo feminino, dos 6 aos 18 anos, sem retaguarda famíliar, representa uma das mais valias da Santa Casa da Misericórdia.
Este Asilo que, até aqui, funcionava em instalações provisórias, para a substituição das quais em 1895 se fala da formação de uma Comissão Instaladora, pôde na data supracitada, contar com instalações próprias, para desta forma poder dar a meninas pobres protecção, amparo e conforto.
Para ele eram canalizados toda a espécie de donativos, como géneros alimentícios, vestuário, medicamentos, etc.
Também a instrução foi alvo da atenção desta Confraria, pois através dela o Ser Humano alcança valores mais altos. Será neste contexto que deparamos com a inauguração da Escola Primária do sexo masculino em 1880.
Em Matosinhos, terra voltada para o mar, de tradição piscatória, a sua Confraria não podia alhear-se da necessidade que havia em desenvolver os conhecimentos daqueles que mais tarde se dedicariam à faina do mar. Com esse fim em 1881, e aprovada em Mesa, sendo então Juiz o Conde de S. Salvador de Matosinhos, a criação de uma escola náutica para complemento dos estudos primários, que funcionaria nas mesmas instalações.
Infelizmente não temos qualquer conhecimento de que este projecto tenha sido levado a cabo.
Mais tarde, e no seguimento desta obra é inaugurada em 1891, a Escola Primária para o sexo feminino.
Assim, a importância dada pela confraria à assistência cultural, social e económica é reconhecida, e em 1893 pelo Administrador do Concelho fica isenta pela sua acção, do imposto de beneficência, quando dispendesse 5% da sua receita em actos de auxílio ao próximo e no ensino primário.
Por fim, cria-se o Hospital Asilo de Santa Violante em 3 de Maio de 1898, o qual viria a ser o expoente máximo da assistência praticada por esta Misericórdia.
A fundação deste hospital só foi possível através de abnegadas dádivas materiais, tendo muitas delas contribuído para o contínuo alargamento das suas primitivas instalações.
À volta destas foram-se agregando novos pavilhões, destinados a tratamentos de doenças especificas, possibilitados por força de variados legados, com serviços gratuitos a pobres e indigentes como o serviço de Oftalmologia. Outros casos houve em que o Hospital Asilo de Santa Violante cedeu as suas instalações a pedido do Administrador do Concelho em 1889 para tratamento e isolamento dos doentes atacados pela peste bubónica, caso o concelho viesse a ser atingido por esta epidemia.
Deste modo a população de Matosinhos pôde até hoje desfrutar do seu hospital, o qual após 1974, por força das circunstâncias, passou a ser administrado pelo Estado.
Depois do 25 de Abril de 1974 e com a nacionalização do Hospital, a Santa Casa, viu-se diminuída na sua prestação de bem-fazer, ficando só com o Internato de Nossa Senhora da Conceição - as Escolas da Confraria nesse tempo já funcionavam como Escolas Públicas, sob a alçada do Estado.
Em Janeiro de 1975, tomou posse a primeira Mesa Administrativa presidida pelo Provedor, Dr. Miguel Martins de Oliveira que, durante dezasseis anos geriu os destinos da Instituição, e o âmbito da acção social da Irmandade alargou-se com a construção de novas instalações para o Internato. Logo em seguida foi construída a Casa Mortuária, sem qualquer suporte financeiro de outra entidade pública ou privada a não ser a Santa Casa. Em seguida a grande obra que foi a construção do Jardim de Infância/Creche/ATL "O Paraíso", inaugurado em 6 de Junho de 1990.
No Bairro da Biquinha iniciou a Misericórdia de Matosinhos, a gestão de uma Creche. Foi também nesse ano que, em acordo com o CRSSP, tomou a ainda a administração e gestão do Centro Infantil de Matosinhos.
Nas Mesas presididas pelo Provedor anterior, foram ainda concretizados muitos dos anseios dos Irmãos: a instalação do Museu da Misericórdia, inaugurado em 26 de Novembro de 1994; a pavimentação do Adro da Igreja; a abertura do Centro de Dia para a Terceira Idade; a instalação de uma Biblioteca e Arquivo e a recuperação do edifício do antigo Asilo de Nossa Senhora da Conceição.



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